Boninho aposta na Record e tenta ocupar espaço deixado pelo BBB 26 fora da Globo

J. B. Oliveira, conhecido nacionalmente como Boninho, voltou a movimentar o mercado de realities shows ao anunciar oficialmente seu novo projeto de confinamento: “Casa do Patrão”. A revelação aconteceu de forma simbólica e estratégica neste domingo (14), quando o diretor apareceu na sede de A Fazenda, reality da Record, confirmando que a atração estreia em abril de 2026.

A escolha da data não é aleatória. O novo programa chegará justamente no período em que o BBB 26, da TV Globo, deve encerrar sua exibição, deixando uma lacuna na programação para os fãs de realities de confinamento. A intenção de Boninho é clara: conquistar o público que tradicionalmente acompanha esse tipo de formato e que ficará “órfão” após o fim do Big Brother.

Durante a apresentação do projeto, Boninho detalhou o conceito central do reality, que promete trazer uma dinâmica inédita e uma relação direta de poder entre os participantes. “Começa no finalzinho de abril e vai se chamar Casa do Patrão. São três casas. O patrão vai ficar na melhor casa, o pessoal do trampo em outra, em que vão ter de cozinhar e fazer as demais tarefas. Se quiser cair na piscina, malhar, vão ter de pedir para o patrão”, explicou o diretor.

A proposta gira em torno de hierarquia, controle e consequências reais dentro do jogo. Diferentemente de outros realities tradicionais, o poder não será estático nem confortável. Segundo Boninho, o posto de patrão não poderá ser ocupado pela mesma pessoa por muito tempo, o que promete constantes mudanças de estratégia, conflitos e reviravoltas ao longo da temporada.

Outro ponto que chama atenção é o perfil do elenco. Todos os participantes serão anônimos, reforçando o apelo de identificação com o público e evitando o desgaste de celebridades já conhecidas. “Não dá para ser patrão por suas vezes seguidas”, adiantou Boninho, sinalizando que o jogo exigirá habilidade social, estratégia e resistência emocional.

A produção de Casa do Patrão marca também uma parceria inédita entre a Record e o Disney+. O reality será exibido diariamente na televisão aberta, enquanto a plataforma de streaming ficará responsável por transmitir as câmeras ao vivo, funcionando 24 horas por dia. A estratégia une alcance popular e consumo digital, ampliando o engajamento do público e oferecendo uma experiência mais imersiva.

No quesito prêmio, o novo reality promete ir além das dinâmicas simbólicas comuns em jogos do gênero. Cada participante entrará no programa com uma quantia em dinheiro real, que poderá aumentar ou diminuir ao longo da competição. “É grana de verdade, não tem moeda fictícia. A punição, que eu adoro, vai ser em dinheiro”, afirmou Boninho. O valor final dependerá diretamente das escolhas, erros e estratégias adotadas durante o confinamento, tornando cada decisão ainda mais tensa.

A mecânica financeira adiciona um peso psicológico significativo ao jogo, já que punições e recompensas impactarão diretamente o bolso dos competidores. O formato promete transformar conflitos cotidianos em disputas reais, elevando o nível de tensão e envolvimento do público.

Boninho aposta na Record e tenta ocupar espaço deixado pelo BBB 26 fora da Globo

Quem é Boninho?

J. B. Oliveira, o Boninho, é um dos nomes mais influentes da televisão brasileira nas últimas décadas. Diretor e produtor consagrado, construiu sua carreira principalmente no comando de realities shows de grande audiência, especialmente os formatos de confinamento. Ao longo dos anos, tornou-se conhecido pelo controle rigoroso do jogo, pelas intervenções diretas e pelas broncas que viraram marca registrada.

Sua figura passou a representar o arquétipo do “chefe supremo” dos realities, responsável tanto pelas grandes viradas narrativas quanto por decisões que frequentemente geram debates e polêmicas nas redes sociais. Fora da TV Globo, Boninho agora aposta em novos formatos e parcerias para se manter relevante e competitivo em um mercado cada vez mais disputado.

Com Casa do Patrão, o diretor sinaliza que pretende reinventar o gênero, apostando em hierarquia, dinheiro real e transmissão multiplataforma para fisgar o público que não abre mão de um bom reality show.